Escândalo de corrupção abala Ministério da Educação de Angola

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Uma investigação revelou um esquema de corrupção envolvendo o Ministério da Educação (MED), no qual um cidadão estrangeiro, identificado como Karim Asharaf Ali Rehemtula, está apontado como o principal beneficiário de um esquema criminoso que afeta o sector. Através de cinco empresas, Rehemtula se inseriu no MED, subornando altos funcionários em troca de diversos favores e benefícios.

Fonte: Club-K

De acordo com informações obtidas, Karim Rehemtula, um empresário de origem estrangeira, seria o grande vencedor do esquema de corrupção, tendo introduzido no MED as empresas que se tornaram peças centrais no esquema ilícito.

Quatro das cinco empresas associadas a Rehemtula estariam diretamente envolvidas em práticas fraudulentas, com a participação de figuras de alto escalão do Ministério, que, em troca, recebiam benefícios como viaturas, imóveis, obras de benfeitorias em residências, passagens aéreas e hospedagens no exterior.

As empresas envolvidas no esquema incluem:

INTERIAL

URBAN

CARINA ANDRADE

SOJAFIL

ALCAMBY

O esquema, que tem sido descrito como um exemplo claro de corrupção ativa dentro do Ministério da Educação, está diretamente relacionado a um comportamento de enriquecimento ilícito, onde os envolvidos priorizam ganhos financeiros a todo custo, em detrimento do serviço público e da preservação da soberania nacional.

Despacho Presidencial e responsabilidades

No Despacho Presidencial nº 137/24, datado de 20 de junho, a Ministra da Educação recebe a responsabilidade de supervisionar e validar todos os atos dentro do Ministério. O ponto 2 do despacho afirma:

“À Ministra da Educação é delegada competência, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das peças do procedimento, criação de uma Comissão de Avaliação, verificação da validade e legalidade de todos os atos praticados no âmbito do referido procedimento, bem como para a celebração e assinatura dos correspondentes contratos.”

Com base nesta delegação de responsabilidades, surge a pergunta: Será que a Ministra da Educação está isenta deste esquema de corrupção ativa dentro do MED? O público angolano, e o mundo, aguardam uma resposta.

Indagações sobre o secretário-geral do Ministério da Educação

Além disso, outra figura que tem sido alvo de questionamentos é Euclides Paxe, actual secretário-geral do Ministério da Educação.

Fontes indicam que Paxe teria se envolvido diretamente no esquema de corrupção, levantando dúvidas sobre sua integridade e compromisso com a transparência no setor.

“Por que razão o secretário-geral do Ministério da Educação se deixou corromper a esse nível?” Essa é a pergunta que ecoa entre os cidadãos angolanos, que aguardam uma resposta sincera e esclarecedora por parte do responsável.

Impacto na luta contra a corrupção

Apesar dos esforços do governo angolano para combater a corrupção, casos como este no Ministério da Educação expõem fragilidades no sistema e geram uma grande vergonha para o país. A corrupção ativa no MED representa um obstáculo significativo para a construção de um sistema educacional eficiente e justo, afetando diretamente os recursos destinados ao setor e a confiança da população nas instituições governamentais.

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