Membros da IURD defendem transparência no julgamento dos pastores e exigem reabertura dos templos fechados pela PGR

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Mais de dois mil membros afectos à Igreja Universal do Reino de Deus em Angola marcharam nesta quarta-feira, 19, até à zona da Marginal de Luanda, próximo ao Tribunal Provincial de Luanda “Dona Ana Joaquina”, local que decorre o julgamento dos pastores e bispos da IURD, acusados de crimes de branqueamento de capitais, associação de malfeitores e violência doméstica.

 

São mais dois mil membros afectos à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, pertencentes à conhecida “ala brasileira”, que na manhã desta quarta-feira, decidiram marchar com louvores e orações, em solidariedade aos quatros pastores que estão a ser acusados e julgados no Tribunal Provincial de Luanda (TPL).

 

Na Marginal de Luanda a poucos metros do Palácio Dona Ana Joaquina, onde decorrem as sessões de julgamento, os fiéis clamaram a Deus para que “toque” nos corações dos governantes no sentido de abrirem os templos encerrados há mais de dois anos, por decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

A cidadã Nerida Jovane Pedro, frequenta a Igreja Universal do Reino de Deus há mais de vinte e cinco anos, disse que se juntou  com seus irmãos, no local para prestar culto de adoração e louvores ao Supremo, na intercessão a favor da reabertura das igrejas encerradas pela autoridades judiciais.

 

“Confiamos em nosso Deus e Ele, na hora certa e no momento vai agir, por outro lado, pedimos que o nosso Criador não endureça os corações dos nossos dirigentes no sentido de libertar os nossos Pastores uma vez quem sofre somos nós, os angolanos e fiéis da Igreja”, afirmou.

 

Os membros entendem que, o Ministério da Cultura deve autorizar a reabertura dos locais de cultos, porque, na sua visão, com o encerramento dos templos, os jovens que frequentavam as igrejas estão inclinar-se na delinquência e prostituição.

 

”A Igreja Universal tirou vários jovens da criminalidade, consumo de drogas e prostituição, com encerramento há quase dois anos, muito destes estão a voltar às suas antigas práticas”, contou.

 

O grupo que orou e clamou na baixa de Luanda, foi composto maioritariamente por mulheres. Para além da reabertura dos templos, os fiéis intercedem a favor da absolvição e liberdade dos quatros pastores de nacionalidade Brasileira que estão a ser julgados e acusados por crimes de associação criminosa desde o princípio de Dezembro do ano passado.

 

Sustentam que, com a não abertura das igrejas, os fiéis são obrigados a adorar em pequenos espaços formados em núcleos com a duração de 5 a 10 minutos sem deixarem de prestar acções solidárias com a destruição de bens alimentar, visitas aos hospitais e doação de sangue.

 

Refira-se que, quatro líderes da Universal, neste número, um director da TV Record, estão sendo julgados desde o mês de Novembro do ano passado e hoje estão na sua décima primeira sessão.

 

Estão a ser julgados o Bispo Honorilton Gonçalves, Presidente Geral da IURD António Miguel Ferraz, Pastor Belo Quifua e antigo dirctor da TV Record Fernando Teixeira.

 

Os fiéis que dobraram os seus joelhos nesta quarta-feira, 19, acreditam que os Bispos em julgamento serão libertos uma vez que, segundo contam, não cometeram nenhum crime.

 

“Conhecemos bem o juramento dos juízes, eles são fiéis à verdade e temos fé que a verdade chegará e os nossos irmãos serão libertos em nome de Jesus”, disse o obreiro Paulo Bunga.

Radio Angola

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