COVID-19 em Angola destapou incompetência governativa do MPLA, diz PRS

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O secretário provincial do PRS no Huambo, António Soliya Selende considerou que a pandemia da COVID-19 em Angola surgiu para destapar a “incompetência” governativa do MPLA, no poder há 45 anos.

De acordo com O Decreto, no seu discurso de encerramento do ano político 2020, António Selende disse que os governantes angolanos querem justificar a degradação da condição social das populações atribuindo a culpa à COVID-19 “porque são incompetentes na governação” questionou.

“A pandemia em Angola veio esclarecer que não temos governantes sérios para nos dirigir. Está claro que o MPLA e o seu projecto de governação fracassaram”, considerou o político do PRS.

Perspectivando o novo ano, António Selende garantiu que o seu partido vai continuar em 2021 a defender os interesses do povo, que de acordo com o político, “sofre por culpa de políticas falhadas do governo do MPLA” lamentou.

Entre os aspectos que, na visão do Partido de Renovação Social “agudizaram o sofrimento das famílias angolanas”, António Selende destacou o adiamento das eleições autárquicas, porquanto entende que “as autarquias são parte da solução dos problemas que afligem os municípios, porém o regime teme realizá-las por incompetência de gestão”.

Aponta igualmente o “incumprimento” das promessas eleitorais dos “500 mil empregos falaciosos, pois promessas falaciosas (sem cumprimento), fazem parte da governação do partido no poder, uma vez que são 45 anos de pura mentira”, disse.

Para o PRS, o processo de diversificação da economia “não passa somente no pape”. António Selende disse que “o que falam não é o que se faz, falam de diversificar a económica, mas não apostam num dos meios de diversificação que é a agricultura, não possível termos auto sustentação quando os sacos de adubos custam acima de 20 mil kwanza”, considerou.

“O governo do MPLA abandonou os hospitais e escolas”

Avaliando a situação social dos angolanos ao longo de 2020, que termina nesta quinta-feira, 31 de Dezembro, o secretário do PRS na província do Huambo frisou que “sem saúde não se vive, muitas mortes que ocorrem nos hospitais é por falta de assistência médica-medicamentosa”.

António Selende sustentou por outro lado que “se não apostarmos em escolas com estruturas e recursos humanos capacitados, não teremos ciência qualificada”.

O político do partido fundado por Eduardo Kuangana não deixou de manifestar a sua solidariedade com os antigos militares das extintas FAPLA e FALAS, que lutaram para a libertação do país em diversas frentes.

“Os que governam esqueceram os ex-militares que foram usados como carne de canhão”, disse Selende, para quem “o governo está esperando que os antigos militares sucumbem para deixar de prestar apoios e desviarem as verbas daqueles que lutaram por essa Angola, tantos os da luta colonial como da guerra fratricida”.

António Soliya Selende que espera no próximo ano um PRS mais coeso internamente garantiu que o seu partido vai continuar em 2021 a defender os direitos das populações, que na sua visão “sofrem devido à má governação do MPLA”.

O secretário provincial Partido de Renovação Social (PRS) no Huambo, António Soliya Selende “Lumumba” discursava nesta quarta-feira, 30, no encerramento do ano político 2020 ladeado pelo secretário adjunto, António Cerezo Sapalo, num acto que contou igualmente com a presença dos membros de direcção e do Comité Provincial.

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