Continuam na cadeia membros do MIC detidos durante manifestação pro-independência de Cabinda
Continuam encarcerados na província mais ao norte do país, os activistas do auto-proclamado Movimento Independentista de Cabinda, detidos na passada terça-feira, 10/12, “Dia Internacional dos Direitos Humanos”, na sequência de uma manifestação que visava “exigir” a realização de um referendo sobre Cabinda.
Rádio Angola
Em entrevista à Rádio Angola, o secretário-adjunto para a Informação e Marketing do Movimento Independentista de Cabinda (MIC), António Tuma frisou que as detenções de mais de 20 activistas ocorreram na sequência de uma séria de manifestações que apelam pela independência da província de Cabinda.
Entretanto, as autoridades justificam a acção policial com o argumento segundo o qual, os manifestantes estavam a promover “acções violentas”, uma posição refutada pelo responsável do MIC.
Segundo António Tuma, os agentes da Polícia Nacional carregaram contra os manifestantes, que foram espancados e depois levados em viaturas da corporação para as celas.
De recordar que a Amnistia Internacional condenou estas detenções e denunciou ao mesmo tempo maus-tratos na prisão onde se encontram os activistas, por isso, exigem a sua libertação incondicional.
A Friends of Angola (FoA), organização defensora dos direitos humanos, também condenou a brutalidade policial e detenção dos membros do MIC, tendo apelado a libertação imediata de todos os detidos e ao mesmo tempo exige a responsabilidade civil e criminal dos agentes envolvidos na brutalidade contra os manifestantes.
Oiça aqui na página da Rádio Angola as declarações de António Tuma, membro do MIC: