“Entrega voluntária de bens ao Estado não impede PGR prosseguir com investigações contra general Kopelipa”, diz jurista
O jurista Zola Bambi entende que, apesar do ex-chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” ter devolvido voluntariamente determinados bens ao Estado Angolano e que terão sido adquiridos de forma “fraudulenta”, a Procuradoria-Geral da República (PGR), tem autoridade e competência de prosseguir com as investigações contra o antigo “homem forte” na era de José Eduardo dos Santos.
Rádio Angola
Kopelipa é tido como detentor de vários de bens, maior parte deles conseguidos alegadamente de forma “ilícita” ao Estado durante o tempo que permaneceu como chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, na altura sob gestão de José Eduardo dos Santos.
Entretanto, o jurista Zola Bambi sustenta que as investigações contra o general “Kopelipa” devem prosseguir para a descoberta de outros bens que eventualmente estarão em sua posse e que terão sido adquiridos “fraudulentamente”.
“A entrega voluntária não afasta não retira a obrigação da PRG continuar com as investigações, pois os bens em causa, são propriedades do povo angolano e que foram adquiridos atropelando as normas”, disse.
Segundo consta, o Serviço de Recuperação de Activos da PGR recuperou os terminais dos portos de Luanda e do Lobito, que estavam entregues à empresa Soportos – Transporte e Descarga, SA, alegadamente pertencente ao ex-chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general “Kopelipa” e família.
Os dados avançados, indicam que “Kopelipa” terá devolvido de forma “voluntária” os bens em causa depois de supostamente ter sido pressionado e ameaçado com processo de peculato, sendo que, a Procuradoria-Geral da República entregou os referidos terminais ao Porto de Luanda.
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